sábado, 26 de abril de 2008
José Ivan Pimenta Teófilo
A. Felizes os Educadores
que tomam consciência do conflito social em que estão metidos
e nele tomam partido pelo projeto social dos empobrecidos
porque assim contribuirão para a transformação da sociedade.
B. Infelizes os Educadores
que imaginam que a ação educativa é politicamente neutra
porque acabam transformando a educação num instrumento de ocultação
das contradições da realidade social
e de reprodução da ideologia e das relações sociais vigentes.
A. Felizes os Educadores
que sabem articular o saber chamado científico com o saber popular
porque ajudarão as classes populares a afirmar sua identidade cultural.
B. Infelizes os Educadores
que transmitem mecanicamente um saber elitista
porque contribuem para reforçar a marginalização
e a dominação cultural do povo.
A. Felizes os Educadores
que aprendem a dialogar com os educandos
porque resgatam a comunicação pedagógica criadora no processo educativo.
B. Infelizes os Educadores
que impedem os educandos de dizerem sua palavra,
porque estão reproduzindo a educação do colonizador.
A. Felizes os Educadores
que se tornam competentes em suas "disciplinas"
ensinando a "desopacizar" ideologicamente seus conteúdos
porque ajudarão os educandos a se apropriarem do saber
como ferramenta de luta na defesa e afirmação de sua dignidade.
B. Infelizes os Educadores
que não se esforçam para ser criticamente competentes
porque enfraquecerão mais ainda o poder cultural das classes oprimidas
reforçando o autoritarismo cultural das classes dominantes.
A. Felizes os Educadores
que procuram se organizar para conquistar
melhores salários e melhores condições de ensino
porque estão ajudando a conquistar a educação a que o povo tem direito.
B. Infelizes os Educadores
que atuam isoladamente, buscando apenas seus próprios interesses
porque deixarão de contribuir para a conquista de uma escola digna.
A. Felizes os Educadores
que iluminam sua prática com o sonho de um futuro novo
em que as pessoas aprendam, através de novas relações sociais,
as lições da justiça e da solidariedade.
B. Infelizes os Educadores
que não sonham
porque não terão a coragem de se comprometer na luta criadora
de uma nova sociedade a partir de sua prática educativa.
Felizes os Educadores
que aprendem a fazer da ação de cada dia
a semente da nova sociedade.
Infelizes os Educadores
que pensam que as coisas novas só aparecerão no futuro
porque não perceberão, nem farão perceber
que o "novo" já está no meio de nós,
brotando de nossas práticas transformadoras,
solidárias com as lutas dos espoliados da terra.
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21 - Paixão 23 - Páscoa | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
21 - Tiradentes |
1 - Dia do Trabalho 22 - Corpus Christi |
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7 - Procl. Independência 20 - Revolução Farroupilha | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
12 - N. Srª Aparecida |
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- Por uma pedagogia da pergunta
Eu tenho uma espécie de dever,
de dever de sonhar
de sonhar sempre,
pois sendo mais do que
um espectador de mim mesmo,
Eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E assim me construo a ouro e sedas,
em salas supostas, invento palco,
cenário para viver o meu sonho entre luzes brandas
e músicas invisíveis.
Fernando Pessoa
Sonhar, mais um sonho
impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei
É minha questão
Virar este mundo
Cravar este chão
Não importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras
terei de vencer
Por um pouco de paz
E amanhã
Se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim,
Seja lá como for,
Vai ter fim
A infinita aflição
E o mundo
Vai ver uma flor
Brotar
do impossível chão
Tradução: Chico Buarque
É xingada de estéril.
Quem examina o solo?
O galho que quebra
É xingado de podre, mas
Não havia neve sobre ele?
Do rio que tudo arrasta
Se diz que é violento,
Ninguém diz violentas
As margens que o cerceiam.
Bertold Brecht
“Penso que a escola devia cuidar primariamente da fala dos alunos,
único meio de comunicação que a maioria deles terá pela vida toda,
uma adequada terapia da fala (e do pensamento nela expresso),
quem sabe, encaminharia uma natural terapia da escrita”.
Pedro Luft
Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
"Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura."
Fernando Pessoa
Dispersão
Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.
Sá Carneiro
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões
Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
Pois consigo tal alma está liada.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim co'a alma minha se conforma,
Está no pensamento como idéia;
[E] o vivo e puro amor de que sou feito,
Como matéria simples busca a forma.
Amo como ama o amor.
Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo,
se o que quero dizer-te é que te amo?
Um comentário:
Parabéns pela escolha do texto. Educador que não reflete sobre sua prática, inevitavelmente reproduz o que já está posto. Então, que educação fazemos? Educação para a "domesticação" ou para a formação de sujeitos emancipados? Talvez encontremos resposta para essa questão, olhando reflexivamente para a nossa prática profissional.
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